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Biografia

   Miguel Arruda nasce em Lisboa em 1943. Licencia-se em Escultura na Escola Superior de Belas-Artes (1968) onde recebeu os Prémios de Escultura Mestre Manuel Pereira em 1968 e o Prémio Rui Gameiro em 1969. Em 1989 licencia-se em Arquitectura na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa. A sua carreira académica inicia-se em 1969 como Professor Adjunto na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa, a que se seguem as categorias de Auxiliar e Agregado. Em 2003, já na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, é lhe atribuído o título de Professor Catedrático a 7 de Fevereiro de 2023, o titulo de Professor Emérito. O percurso pedagógico é essencialmente caracterizado pela criação, regência e leccionação de várias unidades curriculares da área do Design de Equipamento, de que foi coordenador, de 1995 a 2008.

   Em 1979, é responsável, juntamente com os professores Rogério Ribeiro e José Cândido, pela criação dos cursos de Design de Comunicação e Design de Equipamento, tendo também dirigido os subsequentes processos de reformulação da licenciatura em Design de Equipamento. De 2004 a 2008, assume a presidência do Conselho Diretivo da Faculdade de Belas-Artes, destacando-se nessas funções, entre outras intervenções, a criação e design da galeria de exposições temporárias, a criação do gabinete de comunicação e imagem, a criação das reservas de pintura e desenho, a criação do Auditório Lagoa Henriques e a organização da exposição Aula Extra, que congregou a presença dos antigos Professores da Escola de Belas Artes. É extensa a participação em conferências e seminários. Destes importa relevar sobretudo os convites internacionais por parte da Universidade de Bolzano, da Universidade de Ascoli Pisceno, da Universidade Frederico II (Nápoles), do Instituto Politécnico de Milão e da Universidade de Barcelona.

O trajeto profissional de Miguel Arruda constrói-se entre a escultura o design e a arquitetura. A actividade como designer industrial inicia-se em 1975 com o lançamento da linha de mobiliário ‘Pinus’, a que se seguem colaborações com diversas empresas nacionais e a produção das linhas de mobiliário ‘Orla’, ‘2/2’, ‘Golf’, ‘Rama’ e ‘Seara’.

A partir dos anos 2000, destacam-se nacional e internacionalmente as colaborações com a empresa belga Dark e com as empresas italianas B&B, Martinelli Luce e Slamp, para a qual desenvolve desde 2018 projetos na área da iluminação. Em Portugal salientam-se os projetos ‘Cork Wave’ (painéis acústicos) para a empresa Sofalca, o banco ‘Cork Trunk’ e o sofá ‘Cork Block’, para a Corticeira Amorim, cadeira Spherical para a empresa Movecho, o posto de trabalho ‘Cilindro’ para a Levira, e diversas propostas na área da iluminação para as empresas Exporlux e ILAP. No design de interiores, são merecedores de referência os projetos desenvolvidos em 1998 para a Portugal Telecom (espaços comerciais), em 2002 para o BPI (interiores) e entre 2005 e 2018 os projectos para a TAP (espaços VIP em Lisboa, Porto, Brasília e Paris). Na arquitetura salientam-se, em Lisboa, o Centro de Informações da Expo 98, no Algarve, o Centro de Congressos do Arade, em Castanheira do Ribatejo, o Centro de Saúde e o Quartel de Bombeiros, no Concelho de Vila Franca de Xira, destacam-se o estudo de requalificação da frente ribeirinha, o Centro de Saúde de Arcena, as pontes pedonais em Alverca, a biblioteca ‘Fábrica das Palavras’, o Centro Cultural Bom Sucesso. No concelho de Cascais, evidencia-se a intervenção praça D. Diogo de Menezes, o condomínio Marginal e o edifício habitacional Cacto Velho.

A obra de Miguel Arruda encontra-se descrita e analisada criticamente em cerca de noventa textos publicados em livros, catálogos e revistas nacionais e estrangeiras. De entre os autores que se debruçaram sobre a obra de Miguel Arruda distinguem-se António Mega Ferreira, Delfim Sardo, Paulo Varela Gomes, Michel Toussaint, José Manuel Fernandes, Herbert Wright, Filippo Orsini, Bárbara Coutinho, Silvana Annicchiarico, C.C.Sullivan, Maurizio Vitta, Carla Carbone, José Mateus, Carlos Sant’Ana, José Manuel das Neves e Alda Amoreti. As revistas ‘L’Arca’, ‘Casabella’, ‘Arq/a’, ‘Domus’, ‘Archistorm’, Blueprint e as editoras Caleidoscópio, Asa, INCM e L’Arca Internazionale entre outras, representam algumas das chancelas onde a obra se encontra descrita e extensamente ilustrada.
São cerca de quarenta e cinco as exposições realizadas por Miguel Arruda de que se destacam três exposições individuais: Galeria Diário de Notícias 1968, e Sociedade Nacional de Belas-Artes, 1970 e 1971. Entre as exposições colectivas destacam-se a II (1961) e a III (1986) Exposições da Fundação Calouste Gulbenkian, tendo recebido na III o prémio de aquisição.

A partir do final da década de 1970 internacionalizam-se, passando a exibir sobretudo trabalhos de design nas Feiras Internacionais de Design de Milão (1978-1982), de Birmingham (1979), Bruxelas (1980) e Estados Unidos (1990-1991); em 1998 integra a representação portuguesa a Tóquio. Participa das exposições ‘Habitar Portugal’ (2006-2008), ‘Espaços Vazios’ (2007), ambas no Centro Cultural de Belém, onde em 2010 erige a ‘Escultura Habitável’, obra que passa a partir desse momento a fazer parte integrante do Jardim das Oliveiras e que serve de mote à presença na Trienal de Milão (2012). Em 2013, o Mude/Museu de Design e da Moda promove a exposição retrospetiva ‘Escultura, Design, Arquitetura’. Em 2016 participa em Madrid na Bienal Iberoamericana de Design com a mostra ‘Design Miguel Arruda’. No mesmo ano, no Museu Nacional do Azulejo, inaugura a exposição ‘O Desenho da Luz’. De 2019 a 2020, a exposição dedicada ao sistema de iluminação ‘Nuvem’ passa pelas Galerias INAI (Porto, 2019), Galeria Duomo (Lisboa, 2019) e Feira de Milão (2019). Em Junho de 2022 é apresentado em Milão na Loja Slamp, o sistema de iluminação “Nuvem”.

O trabalho de Miguel Arruda é distinguido com atribuição de mais de trinta prémios Internacionais em Design e Arquitectura. São dignos de destaque a nomeação para o prémio ‘Mies Van der Rohe’ (2011) para a intervenção na Praça D. João de Menezes, em Cascais, os prémios WAF (‘World Architeture Awards’) para o Centro Cultural Bom Sucesso (2009, Vila Franca de Xira) e Pavilhão do Arade (2008, Portimão), o Iconic Award 2016 com a Biblioteca Municipal de Vila Franca de Xira, o ‘Architeture Masterprize’ para Casa na Fuzeta (2018) e TAP Vip Lounge (2018), o qual é distinguido ainda no mesmo ano com o A ́Design Award.

Na área do Design destacam-se em 2016 o Red Dot Design Award e o A ́Design Award com o sofá de cortiça SPHERICAL produzido pela firma Movecho em 2017. Com os Candeeiros Level e Horizon da linha de Iluminação SUN TILE produzida pela Exporlux vence o ‘Iconic Awards 2017: Interior Innovation, o ‘Red Dot Award 2017’, o ‘Silver A ‘Design Award 2017’ e o Good Design Awards 2017. O banco de cortiça ‘Cork Trunk’ (2019, 2020) vence os prémios A ́Design Award 2019, o Good Design Award 2019 e o Architecture Masterprize 2019 na categoria de Design. Destaca-se ainda o ‘New-York Design Awards 2021’ com o candeeiro Lisbon Light produzido pela firma portuguesa ILAP e com o sistema de iluminação Nuvem (2019-2022) produzido pela firma Italiana SLAMP que soma ainda o prémio German Innovation Award 2020, o LIT Design Awards 2020, o European Design Award 2020, o A ́Design Awards 2020 e o German Design award 2022.

Equipa

  • Miguel Arruda Fundador
  • Guilherme Arruda Gerente
  • Pedro Nogueira Arquitecto Sérior , Coordenador
  • Marco Jerónimo Arquitecto