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DDiogo de Menezes
  • Mies Arch – European Union Prize
  • WAF- World Architecture Festival
  • Ano

    2008

  • Localização

    Cascais – Portugal

  • Co-autores

    Pedro Nogueira e Pedro Pereira

  • Fotografia

    Fernando Guerra

Intro

O Projecto de Arranjos de Superfície do Parque de Estacionamento da Praça D.Diogo de Menezes em Cascais, compreende o tratamento da laje de cobertura e dos volumes salientes dos acessos verticais ao seu interior.

Foram conceptualmente consideradas duas questões à partida. A necessidade da valorização da leitura petrica da muralha da fortaleza, no período diurno e nocturno e o facto de Cascais, sob o ponto de vista Urbanístico, não dispor de grandes espaços exteriores com vocação explícita de Praça.

A resposta a estas duas questões implicou a opção por um material de revestimento (betão branco) para a superfície da praça que, pela sua homogeneidade e ausência de coloração, pudesse pôr em destaque a verdade construtiva das muralhas, disponibilizando ao nível da sua superfície um espaço suficientemente amplo e também ele neutro, a fim de poder albergar todo o tipo de eventos.

As diferenças altimétricas entre o início do Parque junto ao Largo da Assunção e o seu final junto à Casa da Stª Maria, obrigaram a uma movimentação de planos que por um lado desconstroem a superfície-praça e por outro, respondendo às acessibilidades necessárias, disponibilizam dois espaços-percurso.

Conscientes de que a luz constitui hoje, um elemento decisório ao nível da composição arquitectónica, nomeadamente quando se tratam de edifícios ou construções de inserção urbana relevante, houve um especial cuidado com o tratamento lumínico quer da superfície da muralha, quer da superfície da praça, quer ainda das caixas de acesso verticais que assumem colorações diferenciadas. Sempre com o intuito de valorizar a referida superfície e de não perturbar a superfície da praça, optou-se por se recusar a colocação de candeeiros, substituídos por um desenho lumínico à superfície que procura recuperar a imagem dos traçados dos mapas quinhentistas de navegação.

Procurando sempre atingir a máxima polivalência de utilização, o pavimento da praça está infra-estruturado de forma a poder responder em termos de redes de energia e água a um conjunto amplo de utilizações que lhe confiram a abrangência de usos pretendida.

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